domingo, 17 de fevereiro de 2013

Paleontólogos descobrem predador marinho pré-histórico gigante


 
Um time de pesquisadores americanos e alemães descobriu um novo predador marinho pré-histórico. O fóssil, que mede 8,6 metros, foi descoberto no deserto de Nevada, no oeste dos Estados Unidos. Segundo os paleontólogos, o esqueleto pertenceu ao mais antigo predador marinho capaz de devorar animais do mesmo tamanho que o seu. Por causa disso, o animal foi chamado de Thalattoarchon saurophagis, que significa supremo comedor de lagartos dos mares. A pesquisa que descreve a nova espécie foi publicada nesta segunda-feira na revista PNAS.

O Thalattoarchon foi desenterrado de uma montanha isolada em 2010. A maior parte do esqueleto do animal estava preservada, incluindo crânio, nadadeiras e coluna vertebral completa. Segundo o estudo, o fóssil tem cerca de 244 milhões de anos e é um representante dos ictiossauros, um grupo de répteis marinhos que viveu no mesmo período que os dinossauros.

A partir da análise do fóssil, os pesquisadores concluíram que o animal possuía crânio e mandíbulas grandes, armadas com dentes afiados capazes de prender e cortar outros répteis marinhos. O formato e o tamanho dos dentes indica que ele era capaz de se alimentar de outros animais do mesmo tamanho que o seu. Por causa de seu porte físico e posição no topo da cadeia alimentar, os paleontólogos o compararam às orcas que habitam os oceanos modernos.

O que chamou a atenção dos pesquisadores foi o fato de um predador marinho tão grande ter surgido "apenas" oito milhões de anos após a grande extinção que aconteceu no final do Período Permiano, quando entre 80% e 96% de todas as espécies que viviam nos oceanos da Terra foram mortas.

Segundo os paleontólogos, o surgimento de um predador como o Thalattoarchon documenta a rápida recuperação e evolução dos ecossistemas marinhos depois da extinção. "A cada dia aprendemos mais sobre a biodiversidade de nosso planeta. Descobertas como o Thalattoarchon ajudam a entender a dinâmica de nosso planeta e o impacto que os humanos de hoje têm em seu ambiente”, diz Jörg Fröbisch, pesquisador do Museu de História Natural da Universidade Humboldt, da Alemanha, e um dos autores do estudo, patrocinado pela National Geographic Society.

Fonte: Veja.com /  Foto: Reprodução National Geographic

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